segunda-feira, 6 de abril de 2015

verso avulso

"Os seus dedos de unhas levemente crescidas passeiam pelo meu braço e eu tento disfarçar o arrepio, mas falho. Você sorri com seu sorriso hollywoodiano, seus dentes brancos e pontiagudos aparecendo por detrás dos lábios finos, machucados de mordidas minhas e suas e de tantas outras mais. Te ofereço uma olhadela tímida, envergonhada da minha entrega, consternada porque não sei fingir que meu sangue não corre ao contrário quando dividimos o mesmo quarto."

[...]

Quarto. Sala. Festa lotada. Corredor. Vagão de metrô. Qualquer lugar em que você esteja se torna subitamente pequeno demais, quente demais e eu me pego pedindo para todo mundo mais desaparecer e tudo virar eu, e tudo virar você, e tudo virar nosso abraço torto, nossa urgência de toques, palavras, gargalhadas histéricas


[...] e te ver por dentro e te descobrir bonito e real. [...]

[...] - acho que ouço seu coração! - [...]*Entoo baixinho, no meu francês mais imperfeito*[...]



Você não me pertence.1escrita: J. del Rosso
2 - 1som - J’Arrive A Toi


- entretodasascoisas.

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