terça-feira, 4 de dezembro de 2012

..onde mora o meu café'

Então, um cheiro, uma palavra, um tom de voz me transporta para outros lugares. Alguns eu já frequentei, outros são sonhos realizados e tanto outros são apenas desejos.

Dos lugares que já frequentei há tantas palavras que eu não queria dizer e tantas outras que ouvi sem querer ter ouvido. Nesses lugares que já frequentei também tem cheiros que sou capaz de sentir até hoje, como o incrível cheiro do macarrão da minha avó, o cheiro da grama molhada numa noite de luar… São apenas segundos que vivi e que apenas segundos presentes me fazem recordar desses segundos passados.

É isso: quando se quer lembrar de um bom segundo, é preciso a liberdade plena de voar através dos pensamentos, chegará o momento, o segundo, que a lembrança desejada virá com mais força, com mais intensidade, com mais verdade!

Agora estou sentindo um cheiro de café, estranho que não é o café que minha mãe faz, tampouco o café da minha cafeteria preferida. É o cheiro do meu café que, consequentemente, me remota a ideia de que eu sei fazer um excelente café. Mas esse reconhecimento que eu sei fazer café nada mais é que, entre tantas as vezes que fiz café, teve uma em especial que eu estava mais feliz, mais completa, mais plena. E todos esses adjetivos eu ligo ao simples café que fiz, e que vou fazer agora. Quem sabe assim eu consigo um teletransporte para o eterno segundo do mundo paralelo do meu café perfeito.

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