Ah,
meu bem. Eu vou sentir a sua falta. Pronto. Direto e indolor.
Vou sentir de verdade a ausência de cada pedaço seu aqui. E quando eu me refiro a aqui, eu me refiro à maçaneta da minha porta, ao cobertor da minha cama, aos filmes de Domingo, aos meus cabelos bagunçados de manhã. Eu queria que você ficasse mais um pouco. É um pouco infantil, mas é como a Cinderela: não quero que chegue meia-noite nunca e que nosso encanto se desfaça. Eu sei que sempre fico meio boba quando vou tentar escrever a você. Meu forte nunca foram as palavras, mas sim as emoções. E dessas eu entendo bem. Quando eu vivo as suas histórias, quando me torna uma das suas personagens, uma dessas mulheres que você pinta e borda com paixão, eu vivo. Vivo a indecisão, a passionalidade, o amor exagerado. Vivo o papel de mãe, de amiga, de amante e de eu – lírico. Eu vivo mil vidas por meio da sua.
...Foi então que você me encontrou. E eu nem lembro mais qual foi a primeira palavra que eu disse ou o primeiro alô que você me deu. Eu escrevi um livro inteiro dedicado a nós. Mentira. A história é inteiramente sua. Pode me acusar de plágio se quiser. Eu não ligo. Vou ter as memórias, as fotografias, você… Os registros que eu bolei não são importantes perto disso. Ô, amor, faz tão pouco tempo que você me encantou. Confesso que no início eu me achava bobo demais pra você. E te achava séria demais quando ria e quando cantava alguma música de Los Hermanos no violão. E até quem me vê lendo jornal na fila do pão sabe que eu te encontrei.
Pra te dizer a verdade, eu não me canso de escrever essa carta de hoje. E saiba de antemão que você não vai lê-la tão cedo. É pros agradecimentos do livro que eu estou escrevendo. Aquele mesmo sobre você. Espero que o mundo entenda quando eu contar a eles que seus olhos não são castanhos, mas cor de mel. E se eles não entenderem, bobagem. Não vão entender mais nada, nem do início, nem do final. Talvez seja porque do nosso amor é a gente quem sabe. Talvez seja porque eles não entenderiam se eu dissesse outra dessas coisas de amor. Mas eu quero que eles entendam que estou tentando mostrar a eles quem você é pra mim. Porque eu consigo te ver em cada parágrafo desse texto, por maior e mais infinito que ele seja. Mas… Pensando bem, talvez seja melhor que eles nunca saibam quem você é. Pode ser um pouco de egoísmo meu, mas não quero que eles te descubram. O meu medo é que eles te achem tão maravilhosa quanto eu acho e queiram te descobrir mais. Nem eu mesmo te descobri por inteiro ainda.
- Decidido: vou te guardar pra mim.
Vou sentir de verdade a ausência de cada pedaço seu aqui. E quando eu me refiro a aqui, eu me refiro à maçaneta da minha porta, ao cobertor da minha cama, aos filmes de Domingo, aos meus cabelos bagunçados de manhã. Eu queria que você ficasse mais um pouco. É um pouco infantil, mas é como a Cinderela: não quero que chegue meia-noite nunca e que nosso encanto se desfaça. Eu sei que sempre fico meio boba quando vou tentar escrever a você. Meu forte nunca foram as palavras, mas sim as emoções. E dessas eu entendo bem. Quando eu vivo as suas histórias, quando me torna uma das suas personagens, uma dessas mulheres que você pinta e borda com paixão, eu vivo. Vivo a indecisão, a passionalidade, o amor exagerado. Vivo o papel de mãe, de amiga, de amante e de eu – lírico. Eu vivo mil vidas por meio da sua.
...Foi então que você me encontrou. E eu nem lembro mais qual foi a primeira palavra que eu disse ou o primeiro alô que você me deu. Eu escrevi um livro inteiro dedicado a nós. Mentira. A história é inteiramente sua. Pode me acusar de plágio se quiser. Eu não ligo. Vou ter as memórias, as fotografias, você… Os registros que eu bolei não são importantes perto disso. Ô, amor, faz tão pouco tempo que você me encantou. Confesso que no início eu me achava bobo demais pra você. E te achava séria demais quando ria e quando cantava alguma música de Los Hermanos no violão. E até quem me vê lendo jornal na fila do pão sabe que eu te encontrei.
Pra te dizer a verdade, eu não me canso de escrever essa carta de hoje. E saiba de antemão que você não vai lê-la tão cedo. É pros agradecimentos do livro que eu estou escrevendo. Aquele mesmo sobre você. Espero que o mundo entenda quando eu contar a eles que seus olhos não são castanhos, mas cor de mel. E se eles não entenderem, bobagem. Não vão entender mais nada, nem do início, nem do final. Talvez seja porque do nosso amor é a gente quem sabe. Talvez seja porque eles não entenderiam se eu dissesse outra dessas coisas de amor. Mas eu quero que eles entendam que estou tentando mostrar a eles quem você é pra mim. Porque eu consigo te ver em cada parágrafo desse texto, por maior e mais infinito que ele seja. Mas… Pensando bem, talvez seja melhor que eles nunca saibam quem você é. Pode ser um pouco de egoísmo meu, mas não quero que eles te descubram. O meu medo é que eles te achem tão maravilhosa quanto eu acho e queiram te descobrir mais. Nem eu mesmo te descobri por inteiro ainda.
- Decidido: vou te guardar pra mim.
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