terça-feira, 6 de outubro de 2015

caídosecalados'

 
Tuas mãos por debaixo do pano
-avassalam-
teus olhos por debaixo de mim.
Teus cachos caindo -portanto-
me amarram,
me escarnam',
se dispõem entre respaldos,
saudades, pesares e afins.
Na solidão da noite ninguém nos vê
-caídos e calados-
a lua é a única que nos encara.
Genuína, se declara:
quem irá nos proteger?
(Aqui, calados e caídos).
Não peço que me devolva à vida,
apenas me devolva o sono que perdi.
Não saia antes de repetir:
volto
volto
volto
se você me garantir que fica.

Dei-lírios,
Natalia - azedumepoetico

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