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Em minhas madrugadas de sono ela aparece.
Tuas mãos de fazer um sexo-segredo, sem que o resto do corpo saiba.
Me convidam. Fazemos dos compridos fios de moralidade, um coque.
Para que não limite nossas piruetas
E deixe livre sua liberdade
De ser mulher
De ser poeta
De ser ballet
Na ponta dos pés, surge, tal como desaparece.
E espero minutos-infinitos até teu próximo ato.
“Já reparou que a gente nunca se viu ?”
Apenas te leio, aqui, dentro dessa caixinha sem música.
Que abro vez em quando pra fugir do mundo,
Em minhas madrugadas de sono, sem sono.
E pra assistir teu espetáculo.
De ser apenas quem se é.
Me mostrando os fragmentos de ti.
Só para me testar.
Os calos que a vida te deixou,
Te fazem se calar.
Eu que nada mais tenho a temer.
Me desnudo.
E te convido, pegando pela mão,
A caminhar-bailar comigo,
sem roupa,
Na orla do mundo,
No palco do cotidiano,
Iluminados pelo luar,
Onde enfim poderemos nos enxergar de verdade...
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Sobre a bailarina da poesia de rua
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
ósos
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