a unha afiada do suicida
rasgando as lembranças
o esquecimento proposital
da ferida bruta despida
somos nós os sobreviventes
de amores nucleares
aqueles que matam em gotas
e diluídos no tempo
deixam sabores inesquecíveis
“Nós, os que perecemos, tocamos os metais, o vento, as margens do oceano, as pedras, sabendo que seguirão, imóveis ou ardentes, e eu fui descobrindo, dando nome às coisas: foi meu destino amar e despedir-me.”
~Pablo Neruda~